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Deleite Linguístico: Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha 

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

No dia 25 de julho,  lembramos a força e a luta da Mulher Negra.

Sou, entre tantas outras, uma delas. 

Em nós, há uma aquarela.

A melanina, desde menina,

demarca nossa ancestralidade. 

Mas muitos veem nela

Sinal de desvantagem. 

Que lindo seria 

Não ser motivo para a maldade

De gente sem piedade

E com capacidade 

De ofender nossa imagem, 

A fim de causar 

Desvantagem. 

Que sacanagem!

Parece bobagem 

Aos que nunca foram alvo

De atrocidades 

das mais variadas roupagens.

Relato o dia a dia cruel

De ser uma mulher negra,

Alvo de comentários jocosos 

Que ferem nossa autoestima

Desde a mais tenra idade…

Não duvide da capacidade 

Da perversa humanidade 

Capaz de atrocidades!

Em nome da hegemonia, 

Com mestria, 

Acha-se no dever

De delimitar espaços,

De elaborar restrições à nossa presença.

Que a muitos incomoda!

Sorte que o DNA

Fala mais alto 

E que nos impulsiona 

ao enfrentamento 

Causando enorme tormento 

Aos que se julgam superiores!

São infratores!

Mas vendem a imagem de conciliadores.

Ser Negra

Exige de cada uma de nós comprovação 

De nossa capacidade! 

Diariamente somos testadas, observadas e julgadas.

Para que tamanha opressão 

Se todos nós somos irmãos?

A toda a sociedade peço respeito 

Já que, em meu peito,  

Bate um coração aguerrido 

E que, embora tenha sido ferido por ações racistas, 

É incapaz de revidar o mal.

Por isso, não me leve a mal

E reflita sobre esse dia especial!

O mundo é feito de diferentes 

Por que fazer tanta tempestade?

Se a beleza está nas inúmeras possibilidades.

Que nossa a

De termos distintas 

Se sermos 

A melanina é fator de