O Jornal DR1 teve o imenso prazer de entrevistar na última semana a presidente do Instituto Corrente Humanitária, Telma Neves. Uma das responsáveis pela distribuição de quentinhas para moradores de rua e nas comunidades carentes dos mais diversos bairros do Rio de Janeiro.
A ação social que teve início em janeiro de 2013, conta com a presença de dezenas de voluntários para a distribuição das 400, em média refeições.
A sede do Instituto está localizada na região central do Rio. A ação social geralmente ocorre aos sábados sendo duas vezes ao mês. Tendo o apoio também do Jornal DR1, na pessoa do seu diretor Carlos Augusto Martins Aguiar (Carlão) e do bloco Vai quem quer do Catumbi, representado por Ismael David, que também é diretor do Instituto, um grande auxiliar de Telma Neves que falou mais sobre as ações, e você acompanha aqui conosco.
Jornal DR1: Quando foi que teve a ideia para começar o projeto?
Telma Neves: A primeira ideia das quentinhas foi no dia 1° de janeiro. Um homem bateu na porta da minha casa pedindo a quentinha, em um ano novo. Ele tinha perdido uma oportunidade de emprego e estava tentando voltar para casa, mas não tinha dinheiro nem o que comer. Estava há 3 dias dormindo na rua, então foi quando eu decidi ajudar.
Jornal DR1: Quantas refeições o Instituto Corrente Humanitária ajuda no mês?
Telma Neves: No início eu vendia quentinhas em casa, logo depois comecei a distribuir sempre no final do mês 50 quentinhas. Eu parei de vender pois comecei a trabalhar fora. Então as pessoas da família começaram a ajudar, e começamos a distribuir 100 quentinhas. Quando isso aconteceu chamamos de Mesa Solidária, uma mesa enorme com 100 quentinhas.
Logo depois começamos a distribuir nas ruas. Então mais pessoas começaram a participar, o Ismael David (diretor do Instituto) quis ajudar, e se juntou a equipe, quando Victor entrou, começamos a distribuir sopas durante a noite também. Atualmente distribuímos 450 quentinhas na quinzena, duas vezes ao mês.
Jornal DR1: Como surgiu a inspiração para a ação social do Instituto Corrente Humanitária?
Telma Neves: A inspiração vem da vontade de ajudar o próximo, a quantidade de pessoas que eu vejo na rua é muito triste, muitas não tem para onde ir ou dormir. Se eu pudesse, ajudava todos, essas situações mexe bastante com o meu emocional.
Com a chegada do integrante Victor, começamos a distribuir sopa de noite. Durante a noite tem menos moradores de rua, nessa hora você vê as pessoas que realmente precisam. O pouco de ajuda, já é muito bem-vinda, e eu tenho a parceria de amigos e família.
Jornal DR1: Teve alguma história que te marcou durante este tempo?
Telma Neves: Teve uma mulher bem suja na rua, ela não veio me pedir comida, veio me pedir o que é básico para nós mulheres e as vezes nem percebemos: absorvente.
Teve uma outra história, quando eu estava em uma quadra, um homem pediu para se limpar. Ele queria voltar para sua família, o rapaz devia ter em torno dos 40 anos. A família abandonou ele na rua, pois ele estava furtando as coisas dentro da própria casa para comprar drogas. Ele era usuário e morador de rua. Após eu ter conseguido ajudar ele, o rapaz voltou no local onde me encontrou na primeira vez, para me agradecer.
Jornal DR1: Como faz para contribuir?
Telma Neves: A nossa meta do Instituto é ajudar além das doações de quentinha. Espero conseguir um dia fazer doações de kits de higiene pessoal também, além de já contribuir com doações de roupas e agasalhos.
Para quem tem interesse em doações, pode fazer uma doação com roupas e agasalhos, doações de alimentos não perecíveis ou até mesmo financeira.
Os alimentos não perecíveis deverão ser entregues na Rua do Catumbi, 31, sede do Instituto, sendo necessário agendar a entrega pelo telefone (21) 99460-5581.
Para contribuições financeiras:
Conta corrente 24123-7, Agência: 2013, do Banco Bradesco, em nome da presidente do Instituto Telma Neves de Souza, CPF: 005.981.527-25.