No dia 25 de julho, lembramos a força e a luta da Mulher Negra.
Sou, entre tantas outras, uma delas.
Em nós, há uma aquarela.
A melanina, desde menina,
demarca nossa ancestralidade.
Mas muitos veem nela
Sinal de desvantagem.
Que lindo seria
Não ser motivo para a maldade
De gente sem piedade
E com capacidade
De ofender nossa imagem,
A fim de causar
Desvantagem.
Que sacanagem!
Parece bobagem
Aos que nunca foram alvo
De atrocidades
das mais variadas roupagens.
Relato o dia a dia cruel
De ser uma mulher negra,
Alvo de comentários jocosos
Que ferem nossa autoestima
Desde a mais tenra idade…
Não duvide da capacidade
Da perversa humanidade
Capaz de atrocidades!
Em nome da hegemonia,
Com mestria,
Acha-se no dever
De delimitar espaços,
De elaborar restrições à nossa presença.
Que a muitos incomoda!
Sorte que o DNA
Fala mais alto
E que nos impulsiona
ao enfrentamento
Causando enorme tormento
Aos que se julgam superiores!
São infratores!
Mas vendem a imagem de conciliadores.
Ser Negra
Exige de cada uma de nós comprovação
De nossa capacidade!
Diariamente somos testadas, observadas e julgadas.
Para que tamanha opressão
Se todos nós somos irmãos?
A toda a sociedade peço respeito
Já que, em meu peito,
Bate um coração aguerrido
E que, embora tenha sido ferido por ações racistas,
É incapaz de revidar o mal.
Por isso, não me leve a mal
E reflita sobre esse dia especial!
O mundo é feito de diferentes
Por que fazer tanta tempestade?
Se a beleza está nas inúmeras possibilidades.
Que nossa a
De termos distintas
Se sermos
A melanina é fator de