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Greve dos petroleiros cresce e soma 121 unidades da Petrobras, diz FUP

Cresceu para 121 o número de unidades do Sistema Petrobras que estão paralisadas em decorrência da greve dos petroleiros. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), aderiram os petroleiros dos campos terrestres de Urucu, no Amazonas, da Termelétrica Nova Piratininga, em São Paulo, e de mais uma plataforma da Bacia de Campos, na região entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo. Na sexta-feira 14, eram 116 unidades mobilizadas.

A federação afirma que 64% do total de trabalhadores desse segmento estão envolvidos com a greve, ultrapassando a marca de 21 mil pessoas. A organização contabiliza a paralisação de 58 plataformas, 24 terminais, 11 refinarias, oito campos terrestres, oito termelétricas, três Unidades de Tratamento de Gás (UTGs), uma usina de biocombustível, uma fábrica de fertilizantes, uma fábrica de lubrificantes, uma usina de processamento de xisto, duas unidades industriais e três bases administrativas.

No sábado (15), os caminhoneiros declararam apoio à greve. A Associação Nacional dos Transportadores Autônomos (ANTB) enviou uma carta ao presidente Jair Bolsonaro e a 27 governadores, com um texto crítico à política de preços dos combustíveis que alinha os valores ao mercado internacional.

Os petroleiros protestam contra o anúncio de fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR) pela atual gestão da Petrobras, na cidade de Araucária (PR). O fim da empresa representa a demissão em massa de trabalhadores do setor. A FUP sustenta que mil funcionários diretos e terceirizados podem ser dispensados e quase 4 mil trabalhadores indiretos podem ser afetados.

Na sexta-feira (14), pelo menos 144 funcionários receberam comunicados de demissão. No entanto, os grevistas queimaram os documentos durante ato no mesmo dia. Os petroleiros dizem que a Petrobras não quer negociar e acusam a gestão de colaborar com um projeto de desindustrialização da estatal.

Segundo a Petrobras, a Fafen não produz resultados sustentáveis e a sua continuidade operacional não se mostra “viável economicamente”. A estatal comunicou que as unidades seguem operando em condições de segurança, com equipes de contingência formadas por empregados que não aderiram à greve e contratações temporárias autorizadas pela Justiça.

A estatal diz ainda que está realizando o desconto dos dias não trabalhados dos empregados que aderiram ao movimento grevista. Em nota divulgada na última quinta-feira (13), a companhia disse que “o desconto será realizado porque não houve a contraprestação do serviço, ou seja, os empregados não realizaram o trabalho para o qual são contratados”.

Os petroleiros enfrentam uma batalha judicial para manter a legalidade da greve. Em 4 de fevereiro, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que os sindicatos da categoria mantenham 90% dos trabalhadores em serviço durante as paralisações. A decisão foi reiterada por liminar do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Dias Toffoli. (com informações da Carta Capital)

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