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Leny Andrade – a Jazz Woman brasileira

Leny de Andrade Lima, mais conhecida como Leny Andrade, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 26 de janeiro de 1943 e é uma cantora brasileira.

Começou a carreira cantando em boates, morou cinco anos no México e passou boa parte da vida morando nos Estados Unidos e Europa.

Participou de programas de calouros em rádios e ganhou uma bolsa de estudos para o Conservatório Brasileiro de Música. Estreou profissionalmente como crooner da orquestra de Permínio Gonçalves passando mais tarde a cantar nas boates Bacará (com o trio de Sérgio Mendes) e Bottle’s Bar, no Beco das garrafas, reduto de boêmios e músicos do movimento musical urbano carioca surgido em 1957, a bossa nova.

Em 1965 alcançou grande sucesso com o espetáculo Gemini V atuando com Pery Ribeiro e o Bossa Três na boate Porão 73, lançado um disco gravado ao vivo. Leny, por muitos considerada a maior cantora brasileira de jazz.

Leny Andrade é internacionalmente conhecida pelo legado de uma vida inteira levando aos quatro cantos do mundo o melhor da música brasileira e também interpretando canções dos imortais do jazz. Em 2019, ela comemorava o trabalho em um novo disco e uma carreira que reúne mais de 30 títulos e dezenas de parcerias. Sempre fez questão de ressaltar que adorava fazer ecoar sua voz nas noites: “Sou uma cantora de casa noturna e tenho apreço por isso. Em todos os locais onde já me apresentei, fui bem recebida e muito bem tratada”, disse.

Atualmente Leny Andrade vive no Retiro dos Artistas. Ela conta que se sente acolhida no espaço. “Moro em uma casa boa, de dois quartos, tenho ar condicionado, me tratam muito bem. Faço atividades físicas, como pilates, que adorei. Sou recompensada por morar aqui. Me tratam super bem. São minha família hoje”, divide a cantora, que perdeu a mãe e o irmão há algum tempo e não teve filhos

Recentemente a artista estava passando por algumas dificuldades financeiras e realizou uma live solidária que teve renda revertida para ajudar na manutenção dos cuidados com a cantora. A jazz woman tem todo o acolhimento no Retiro dos Artistas, mas a aposentadoria é ínfima para manter os cuidadores que estão com ela.

A ação solidária contou com participações especiais de César Camargo Mariano, Cris Delano, Carlos Lyra, Quarteto do Rio, Joyce Moreno, Paula Morelenbaum, Jaques Morelenbaum, Maucha Adnet, Wanda Sá, Gilson Peranzzeta, Mauro Senise, Roberta Sá, Roberto Menescal, Ivan Lins, Mônica Salmaso, Teco Cardoso e Marcos Valle. “Me emociona muito ver os amigos se mobilizando. Esses então… são muito lindos em fazer isso para mim. E, depois, é todo mundo muito talentoso, de primeira linha”, disse em entrevista, comovida. “São mais de 50 anos de carreira. Parei de contar (risos). Mas digo que a emoção quando subo ao palco ainda é a mesma e com aquele frio na barriga. O sentimento que vem quando eu canto nunca mudou”, pontuou Leny.

A dona das interpretações mais singulares na nossa música e do jazz contabiliza: “Olho para minha carreira e gosto. Não cantei porcaria, nem cedi às tentações para que eu gravasse o que não queria. Escolhi o que cantar, sempre pude. E isso é um privilégio. Tenho tantas recordações maravilhosas. Uma vez na Rádio Nacional, as fãs do Cauby (Peixoto), e da Linda e da Dircinha Batista me pegaram no colo. De adoração. Acho que não existe carinho melhor que o do fã. Ele vem diferente, bate em nós em um lugar especial. Continuo a mesma Leny, aquela aquariana que gosta de juntar as pessoas e que vai cantar até quando der. Enquanto conseguir, vou seguindo”.

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