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Lula pede ação coordenada contra o crime após operação mais violenta da história do Rio

Presidente se manifesta nas redes sociais e cobra integração entre governos e polícias após megaoperação que deixou mais de 120 mortos nos complexos da Penha e do Alemão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou na noite desta quarta-feira (29) sobre a megaoperação policial no Rio de Janeiro, que se tornou a mais violenta da história do estado, com mais de 120 mortos. A ação foi realizada na terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte, e tinha como alvo integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV).

Em publicação nas redes sociais, Lula afirmou que o país “não pode aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias” e defendeu uma atuação articulada entre as forças de segurança e os diferentes níveis de governo.

“Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades. Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco”, escreveu o presidente.

Lula também destacou a importância de uma integração efetiva entre as polícias e entre os governos estaduais e federal para enfrentar o avanço das facções criminosas.

“Com a aprovação da PEC da Segurança, que encaminhamos ao Congresso Nacional, vamos garantir que as diferentes forças policiais atuem de maneira conjunta no enfrentamento às facções criminosas”, afirmou.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança, mencionada por Lula, foi enviada pelo governo ao Congresso no início do ano, mas está com a tramitação parada desde abril, sem consenso entre os parlamentares. A medida propõe uma nova estrutura de cooperação entre as polícias Civil, Militar e Federal, fortalecendo o intercâmbio de informações e ações conjuntas.

A declaração do presidente ocorre em meio a uma série de reações nacionais e internacionais à operação no Rio, que reacendeu o debate sobre a violência policial, os limites das ações de segurança pública e a necessidade de políticas mais integradas e preventivas para conter o avanço do crime organizado.