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O Cantador de Histórias: Serenata com muita chuva e muitos risos

chuvas

Nossa história de hoje se passou no mês de março de 2008. Fredi recebeu a visita dos filhos da dona Antônia, eles queriam fazer uma surpresa no aniversário da matriarca da família. Os três fizeram questão de cuidar pessoalmente de todos os detalhes da homenagem, pois tinham muito orgulho da mulher que desde muito nova, após perder o marido, era como uma leoa, cuidado dos três filhos, sozinha.

Tudo então ficou acertado e na tarde de um domingo do mês de março, Fredi, em trio, partiu para a casa de dona Antônia no bairro de Pinheiros em São Paulo. Os filhos haviam comprado um telegrama musical, com direto a um buque de rosas, chuva de pétalas e ainda bombons, pois a mulher era uma chocólatra inveterada.

Quando estavam chegando ao local da serenata o tempo mudou, a tarde virou noite e um vento gelado começou a soprar, Fredi juntamente com a cantora e o saxofonista, foram pegando os instrumentos e todos os presentes da homenagem e saíram rapidamente do carro, antes que o céu desabasse sobre eles.

Gente, juro pra vocês faltavam três passos para chegar à casa da mulher, e parecia que São Pedro havia derrubado um balde sobre nossos músicos. Rapidamente tocaram a campainha, ensopados, quando eis que uma senhora toda arrumada com seus cabelos arroxeados cheios de laque (guardem esse detalhe) veio atender a porta e o Fredi foi logo perguntando:

— A senhora é a d. Antônia?

— Sim, sim, sou eu mesma. Disse a Mulher, um tanto quanto atrapalhada procurando a chave.

— Putz kkkk Viemos fazer uma homenagem para a senhora, então entre, vá para a sala e finja que não sabe de nada que logo entraremos também kkkkk.

A senhora toda animada vendo aquela cena, sorriu e entrou correndo em casa, nossos músicos, ensopadíssimos, arrumaram o que dava para ser arrumado, e entraram, cantando e jogando as pétalas de rosa, no final da primeira música, Fredi Jon, saudou a todos, apresentou a trupe, e quando se virou para perguntar para dona Antônia o que ela tinha achado daquela ideia caiu na gargalhada, ele ria tanto que o riso contagiou a cantora e o saxofonista que nem sabia direito do que estavam rindo, calma gente, eu explico.

Lembram-se do cabelo da dona Antônia? E você lembra que queriam uma chuva de pétalas? E lembram-se da chuva torrencial?

Pois é, a chuva umedeceu as pétalas, e quando jogaram na mulher com aquele monte de laquê, ficou parecendo uma árvore de Natal pink enorme.

Ahhhh gente, não deu pra segurar, no final das contas todos os convidados caíram na risada também. De um lado os músicos todos ensopados, de outro uma árvore de natal feito de cabelos endurecidos e pétalas de rosa. A partir daí a serenata não prestou mais porque era só risada o tempo todo…

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