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O nosso Gilberto Gil

Por Alessandro Monteiro

Nasceu em Salvador, Bahia, no dia 2 de junho de 1942. Filho de médico e de professora primária com vinte dias de vida mudou-se com a família para Ituaçu, na região da caatinga baiana. Desde cedo mostrou interesse por música. Cresceu ouvindo os intérpretes da época, entre eles, Sílvio Caldas, Orlando Silva e Francisco Alves.

Em 1966, Gil começa a apresentar-se no programa Fino da Bossa, de Elis Regina na TV Record. Nesse mesmo ano, lança seu primeiro disco “Louvação”. Nesse mesmo ano, sua música “Ensaio Geral”, interpretada por Elis Regina, ficou em 5.º lugar no II Festival de Música Popular Brasileira (FMPB), realizado pela TV Record.

Em 1967, a música “Domingo no Parque”, que Gilberto Gil cantou com a participação dos Mutantes, ficou em 2.º lugar no III FMPB. O festival foi o ponto de partida para o movimento artístico chamado “Tropicalismo”, que Gilberto Gil participou junto com Caetano Veloso, Torquato Neto, Tom Zé, Rogério Duprat, entre outros.

A ideia do movimento tropicalista era a fusão de elementos da música inglesa e americana junto com as músicas de João Gilberto e Luiz Gonzaga. O movimento causou polêmica, porém, abriu portas para uma nova etapa na música popular brasileira, sendo considerado subversivo pela ditadura militar e Gilberto Gil foi preso, junto com Caetano Veloso.

Exilado na Inglaterra. Nesse mesmo ano foi lançado “Gilberto Gil” (1969), onde se destacou a música “Aquele Abraço”. Em 1968, lançou o disco “Gilberto Gil” com 14 músicas, entre elas, “Procissão” e “Domingo no Parque”. Lançou também um disco manifesto, intitulado “Tropicália” do qual participaram, além de Gilberto Gil, Caetano, Gal Costa, Os Mutantes, Tom Zé e Torquato Neto.

Entre 1989 e 1992, Gilberto Gil foi vereador na Câmara Municipal de Salvador, pelo Partido Verde. Em 2003, Gilberto Gil foi nomeado Ministro da Cultura, se desligando em janeiro de 2008, para se dedicar à carreira musical.

Entre suas músicas mais famosas destacam-se ainda: “Não Chore Mais” (1979), “Andar com Fé” (1982), “Se Eu Quiser Falar Com Deus” (1981), “Vamos Fugir” (1984) e “Esperando na Janela” (2000), que recebeu o Grammy Latino: Melhor Canção Brasileira.

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