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Prefeitura do Rio e Museu do Amanhã realizam entrega do Prêmio Elisa Frota Pessoa

Foto 1 credito Gui Espíndola

Projeto recebeu 93 artigos escritos por mulheres sobre o tema “A Ciência e a Tecnologia na Promoção da Igualdade de Gênero”

A Prefeitura do Rio, por meio do Museu do Amanhã e da Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia (SMCT), realizou na noite desta quinta-feira  (14/12), a cerimônia de premiação dos vencedores do 1º concurso Elisa Frota Pessoa, que reconheceu os melhores artigos escritos por mulheres sobre o tema “A Ciência e a Tecnologia na Promoção da Igualdade de Gênero”. Desenvolvido e organizado pela instituição cultural, em parceria com a SMCT, o projeto também é uma homenagem ao pioneirismo da importante cientista e física experimental, que se destacou atuando no campo da ciência e da tecnologia no Rio de Janeiro.

– Esta é uma iniciativa que valoriza particularmente as mulheres e pretende torná-las mais visíveis na ciência e na tecnologia. Como poder público, temos a responsabilidade de encorajar ações para transformar a revolução tecnológica em uma oportunidade para reduzir a desigualdade. O Prêmio Elisa Frota Pessoa valoriza a produção científica feita por mulheres, promovendo o reconhecimento de trabalhos de excelência acadêmica. Esse evento celebra o avanço das parcerias com as universidades – ressaltou a secretária municipal de Ciência e Tecnologia, Tatiana Roque.

O Museu do Amanhã recebeu 93 artigos de estudantes de graduação, mestrado e doutorado das áreas de Ciências Biológicas, Exatas, Humanas e Sociais Aplicadas. O material foi submetido a uma comissão avaliadora composta por 11 pesquisadoras das principais instituições de ensino e pesquisa sediadas no Rio de Janeiro.

– O Prêmio Elisa Frota Pessoa é um projeto que quer incentivar e apoiar o desenvolvimento da ciência e tecnologia, temas que fazem parte da nossa essência e que são amplamente trabalhados em nossa agenda. Aliado a isso, temos o relevante debate sobre igualdade de gênero, que é de extrema importância, principalmente, nessas áreas onde a presença feminina ainda é um desafio. Temos muito orgulho de contribuir para essa luta, realizar essa cerimônia de conclusão do prêmio e reconhecer talentos nestas áreas de atuação – afirmou a diretora-geral do Museu do Amanhã, Bruna Baffa.

Ao longo do mês de novembro, cada um dos artigos foi criteriosamente avaliado, o que resultou na seleção dos 22 melhores. As autoras dos trabalhos vencedores serão premiadas com um valor que varia entre R$ 2,5 mil e R$ 15 mil, de acordo com a colocação e categoria. Os artigos premiados também serão compilados em um e-book que será divulgado pela Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia e o Museu do Amanhã.

– Em primeiro lugar, esse prêmio tem uma enorme importância, pois seu nome já é o reconhecimento do trabalho de uma mulher pesquisadora e cientista. Ele também dá espaço para que outras mulheres pesquisadoras tenham seus trabalhos não só visibilizados, mas também valorizados. Estamos recebendo o prêmio não só por nós, mas por todas mulheres cientistas, as que participaram e as que não estiveram nesse concurso – disse Júlia Fialho Soares, 29 anos, bolsista da Capes UniRio, vencedora do primeiro lugar na categoria Doutorado Ciências Humanas.

Na área de Ciências Exatas, os vencedores foram: Ana Arai, 1º lugar (Doutorado) com o artigo “Representatividade feminina nos cursos de engenharia em instituições da cidade do Rio de Janeiro”; Larissa Galeno, 1º lugar (Mestrado) com “ValerIA: aplicação de Large Language Model para promoção de Igualdade de Gênero em Computação”; Juliana Ramos Pereira, 2º lugar (Mestrado) com “Gênero em STEM: a experiência do projeto meninas olímpicas do IMPA”; Ana Luiza Rodrigues Martins, 1º lugar (Graduação) com “Mulher negra na engenharia: uma espécie em risco de extinção”; Juliana Luiza Lucas de Oliveira, 2º lugar (Graduação) com “Algoritmos pela igualdade na tecnociência.

Em Ciências Humanas: Júlia Fialho Soares, 1º lugar (Doutorado) com “A promoção da igualdade de gênero na botânica: um olhar para as contribuições da professora e pesquisadora Graziela Maciel Barroso”; Lohrene de Lima da Silva, 2º lugar (Doutorado) com “As Ciências em diálogo com as experiências de Mulheres Negras e Indígenas: a sala de aula como espaço de produção de tecnologias ancestrais para a (re)invenção de futuros”; Camila Nascimento, 1º lugar (Mestrado) com “Oficinas de Programação e Robótica para formação de meninas negras”; Ana Carolina Corrêa Ferraz, 2º lugar (Mestrado) com “Relações entre saúde Mental e Gênero”; Yasmim Pontes, 1º lugar (Graduação) com “Autoras Brasileiras oitocentistas: o caso Nísia Floresta”; Sylvia Gabriela Rodrigues Azevedo da Trindade Medeiros, 2º lugar (Graduação) com “Mulheres na matemática: análise documental histórica dos últimos 10 anos do IMPA”.

Na área Ciências Biológicas: Raquel de Sousa Leal, 1º lugar (Doutorado) com “A participação de mulheres na presidência de Sociedades Científicas: investigando o campo de Malacologia no Brasil e em outros países”; Marcela Vitor Alvaro, 2º lugar (Doutorado) com “Mulheres pioneiras na Química Brasileira: o legado científico de Maria da Glória Ribeiro Moss”; Gabrielly Alves Cristovao, 1º lugar (Mestrado) com “Impacto da parentalidade na saúde mental da comunidade acadêmica durante a pandemia de COVID-19”; Mariana Cunha de Paula Freitas, 2º lugar (Mestrado) com “Conexões entre plantas e a saúde da mulher: uma análise da produção científica em Etnobotânica no Brasil”; Maria Clara Monachesi, 1º lugar (Graduação) com “Ferramenta lúdica para o ensino de ciência e desestigmatização do cientista”; Lyanna Carvalho, 2º lugar (Graduação) com “Sobrecarga da maternidade na ciência e sua relação com TDM”.

Em Ciências Sociais Aplicadas: Ana Lucia Torres Marinho, primeiro lugar (Doutorado) com “Entre cis e trans: uma interseção chamada desigualdade e os novos rumos para as mulheres médicas”; Raquel Isidoro Gonçalves, segundo lugar (Doutorado) com “Iniciativas de equidade de gênero em STEM no Brasil e as redes de comunidades agregadoras”; Eloisa Samy Santiago, primeiro lugar (Mestrado) com “Gênero e tecnologia: por que a maioria dos assistentes de ia são mulheres?”; Gabrielle Dias, segundo lugar (Mestrado) com “Empreendedorismo Feminino nas Mídias Sociais: Uma revisão sistemática seguindo as diretrizes “PRISMA”; Giovanna Valentini Paiva, primeiro lugar (Graduação) com “Literatura infantojuvenil feminista: sob o contexto da mediação de leitura sobre mulheres na Ciência e Tecnologia”.

Alunos das Naves do Conhecimento recebem certificação de cursos de tecnologia e empreendedorismo

Durante o evento de premiação realizado no Museu do Amanhã, 263 alunos das Naves do Conhecimento receberam da SMCT, os certificados de aprovação nos cursos gratuitos de tecnologia e empreendedorismo oferecidos nas nove unidades localizadas nas zonas Norte e Oeste da cidade.

Os alunos certificados são das turmas de novembro e dezembro dos cursos: Fotografia com Celular, Marketing Digital, Introdução ao Excel, Excel Intermediário, Informática Básica com Inteligência Artificial, Informática Básica Sênior, Cisco IT Essentials, Cisco CCNA, Cisco Networking Security, Impressão 3D, IT Essentials, Design Gráfico e Comunicação, Ferramentas Digitais, Office Essentials, Criação de Currículo e Portifólio, Canva e Introdução às Redes Sociais.

– Estou há algum tempo sem emprego e  preciso voltar ao mercado de trabalho. Isso se torna um pouco mais difícil por conta da minha idade. Me deparei com a necessidade de investir em estudo e adquirir mais qualificação. Como a área de atuação que escolhi é Técnica em Logística, a Nave me deu a oportunidade de fazer gratuitamente um curso de excel que é fundamental para a minha profissão – explicou Juliana Franca, 42 anos, aluna certificada da Nave da Penha.

Desde janeiro deste ano, as Naves do Conhecimento já emitiram 18.241 certificados para alunos aprovados nos cursos oferecidos nas nove unidades: Madureira, Irajá, Padre Miguel, Vila Aliança, Santa Cruz, Engenho de Dentro, Nova Brasília, Penha e Triagem.

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