A mononucleose infecciosa, a popular doença do beijo, contagiosa acarretada por um vírus da família do herpes chamado vírus Epstein-Barr (EBV), transmitido através da saliva de humano para humano. Por este motivo ganhou a fama de doença do beijo.
Além do beijo, a mononucleose também pode ser transmitida através da tosse, espirro, objetos, como copos e talheres, ou qualquer outro modo no qual haja contato com a saliva de uma pessoa contaminada. Um indivíduo infectado pelo Epstein-Barr costuma manter-se com o vírus na região orofaríngea, em média, por 6 meses após a manifestação dos sintomas, e com isso pode contaminar pessoas com quem tenha contato íntimo.
E não é incomum encontrarmos pessoas ainda contagiosas 18 meses depois de terem tido a infecção.É por isso que a maioria das pessoas que desenvolvem mononucleose não se recorda de ter tido contato com alguém doente. A própria pessoa que transmite o vírus também nem sequer imagina que ainda possa transmiti-lo tanto tempo depois.
Nas pessoas que desenvolvem sintomas, o intervalo de tempo desde o contato até o aparecimento dos primeiros sintomas da doença, é, em média, de 4 a 8 semanas. Os sintomas típicos da mononucleose clássica são: Febre; Aumento dos linfonodos do pescoço; Dor de garganta, dor de cabeça, dores musculares e cansaço, são comuns e costumam surgir antes do aparecimento da doença.
A mononucleose não costuma causar maiores problemas quando adquirida durante a gravidez. Apesar do modo de transmissão ser semelhante ao da gripe, o EBV é um vírus menos contagioso, o que faz com que seja possível haver contato com pessoas infectadas e não se infectar. O contágio só costuma ocorrer após contato prolongado com uma pessoa contaminada. O diagnóstico da mononucleose é feito através do quadro clínico e é confirmado por análises de sangue.Durante muitos anos se associou a mononucleose com a síndrome da fadiga crônica. Porém, hoje sabe-se que a fadiga da mononucleose é diferente.
O cansaço prolongado que pode ocorrer após a mononucleose normalmente não vem associado com os outros sintomas da síndrome e habitualmente ocorre por reativações mais fracas do vírus.
Não existe um tratamento específico para a mononucleose, uma vez que o sistema imunológico é capaz de eliminar o vírus Epstein-Barr. E para recuperação da doença geralmente os médicos podem recomendar: Ficar de repouso, por 1 a 2 semanas, ou conforme recomendado pelo médico; Ingerir muitos líquidos, como água, chás ou sucos naturais para acelerar o processo de recuperação; Evitar praticar esportes de contato e levantar pesos, por pelo menos 3 semanas após o início dos sintomas, para reduzir o risco de rompimento do baço; Tomar analgésicos e antipiréticos, para baixar a febre e aliviar a dor de cabeça; Usar anti-inflamatórios, para aliviar a dor de garganta e reduzir as ínguas.
Tudo isso com a orientação de um profissional.