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Teledramaturgia sofre duro golpe com mortes de Elizângela e Lolita Rodrigues

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Elizângela do Amaral Vergueiro, atriz conhecida por suas atuações em novelas da Globo, faleceu aos 68 anos na última sexta-feira (3), na cidade de Guapimirim, no Rio de Janeiro. A notícia foi oficialmente divulgada pela prefeitura da cidade à Globo News.

De acordo com as autoridades locais, Elizangela foi levada ao Hospital Municipal José Rabello de Mello após sofrer um exame cardiorrespiratório, sendo atendida pelo SAMU. Apesar das tentativas de reanimação realizadas na ambulância e no hospital, a atriz não conseguiu resistir.

Nascida na cidade do Rio de Janeiro, a carreira de Elizângela teve início na televisão quando ainda era criança, apresentando programas infantis como “Essa Gente Inocente” e “Capitão Furacão”. Em 1971, fez sua estreia em novelas da Globo atuando em “O Cafona”. Entre seus personagens mais icônicos estavam figuras de personalidade cômica e extravagante, como a Marilda em “Roque Santeiro” (1985), a Noêmia em “O Clone” (2001) e a destemida Aurora Duarte, mãe de Bibi Perigosa (Juliana Paz) em ” A Força do Querer”. Ela estava afastada das telas desde 2019, quando fez uma participação em “A Dona do Pedaço”.

Além de sua carreira de atuação, Elizângela também se aventurou no mundo da música e fez sucesso com a canção “Pertinho de Você”, que alcançou as paradas musicais em 1978.

Durante a pandemia, Elizângela foi abertamente contra à vacinação, recusando-se a receber qualquer dose do imunizante contra a Covid-19. Ela chegou a declaração: “Penetração forçada sem consentimento é violação. Meu corpo, minhas regras”. Em 2022, a atriz foi hospitalizada com graves complicações respiratórias decorrentes da doença e esteve próxima de ser intubada. Sua recusa em se vacinar comprovada na perda de um papel na novela “Travessia”, uma vez que a emissora permitiu a vacinação de todos os seus funcionários, o que vetou sua participação.

Lolita – patrimônio da TV brasileira

A atriz Lolita Rodrigues morreu, na madrugada de domingo (5), em João Pessoa. A artista, de 94 anos, foi internada no Hospital Nossa Senhora das Neves e não resistiu a uma pneumonia. A morte foi confirmada pela filha, Sílvia Rodrigues Leite, ao g1.

Natural de Santos, em São Paulo, Lolita é patrimônio cultural da tevê brasileira: ela esteve presente na apresentação da TV Tupi, começo do sistema televisivo no Brasil, em setembro de 1950. Na ocasião, revelou o Hino da Televisão Brasileira. Seis anos depois, em 1956, tornou-se apresentadora de um dos programas mais longos da TV, o Almoço com as estrelas. Em 1963, Lolita fez história outra vez e foi parte do primeiro elenco de uma novela diário da história da tevê, a 2-5499 Ocupado. Na produção, ela contracenava com Glória Menezes e Tarcísio Meira. Além da Tupi, Lolita trabalhou nas tevês Excelsior, Manchete, Record, Globo e SBT. Foram mais de 30 novelas e diversos programas de televisão que contaram com a atuação e as expressões fortes de Lolita, além da facilidade em fazer humor. Ela era amiga de Nair Belo e Hebe Camargo — as três eram consideradas um trio inseparável dentro e fora das telinhas. Em 2010, decidiu parar de atuar.

Cinco anos depois se mudou para João Pessoa para morar com a filha. Antes do fim da carreira, atuou em Zorra Total e nas novelas Pé na Jaca e Viver a Vida. A atriz deixa um legado de carinho entre os telespectadores brasileiros, que foram impactados com atuações emocionantes, tiveram sorrisos arrancados pelas cenas de Lolita e os corações cativados.

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