No período, foram registradas 95.383 demissões, resultado em um saldo de 11.725 empregos criados
A região do Rio de Janeiro criou 107.108 vagas de emprego formais no mês de fevereiro, de acordo com dados do novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho. No mês, a região também registrou 95.383 demissões, o que resultou em um saldo positivo de 11.725 empregos.
No mês anterior (janeiro), a região havia registrado a criação de 66.503 vagas de emprego, 65.028 demissões e saldo de 1.475 empregos.
As cidades com maior número de vagas criadas em fevereiro foram Rio de Janeiro (74.473), Niteroi (6.267) e Duque de Caxias (5.663). Também foram as cidades que mais demitiram, com 74.473, 6.267 e 5.633 demissões, respectivamente.
Em relação ao número de admitidos em fevereiro, 59,40% eram homens e 45,60% eram mulheres. Do total, 64,74% tinham ensino médio completo, 27% idades entre 30 e 39 anos. O setor que mais contratou foi o de serviços.
Os municípios da região incluem: Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Japeri, Magé, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Paracambi, Petrópolis, Queimados, Seropédica, São Gonçalo, São João de Meriti, Tanguá, Cachoeiras de Macacu, Rio Bonito e Rio de Janeiro.
Trabalho temporário
Em fevereiro, o Brasil registrou 76. 131 admissões de trabalhadores temporários, sendo 2.020 na região . Matheus Santos, gerente regional da Employer Recursos Humanos no Rio de Janeiro, explica que o aumento das contratações de trabalhadores temporários no início do ano é, muitas vezes, impulsionado por uma combinação de demanda sazonal, necessidades de projetos específicos, flexibilidade e custos.
“A contratação no modelo temporário pode servir como um teste para o que a empresa avalie o trabalhador e ofereça uma posição permanente, de acordo com o seu desempenho. Esse período de contratação permite que os empregadores avaliem se o colaborador tem aderência à cultura da empresa e às demandas, por exemplo”, diz.
A estimativa da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (ASSERTTEM) é a geração de 780 mil vagas temporárias no 1º trimestre de 2024.
Direitos do Trabalhador Temporário
Na modalidade temporária, o trabalhador tem anotação em carteira e os direitos assegurados pela legislação 6.019/1974. Dentre os direitos, estão inclusos pagamento de horas extras, descanso semanal remunerado, 13o salário e férias proporcionais ao período trabalhado. Ele recebe 8% dos seus proventos a título de FGTS e o período como temporário conta como contribuição para a aposentadoria.
Vale ressaltar que na legislação, o trabalhador temporário pode ser contratado por até 180 dias, com a possibilidade de prorrogação por mais até 90 dias. A efetivação pode acontecer a qualquer momento desse período. Junto à Previdência, o trabalhador temporário também tem todos os direitos garantidos, desde que se respeite a carência mínima exigida para o pagamento dos benefícios.